sábado, 2 de maio de 2009

Seminário sobre Crise Econômica e Política - UFMT

Crise Econômica ou crise política – Marcio Porchman


De acordo com Marcio Porchman esta crise econômica atual pode ser Sistêmica ou Estrutural. Sistêmica porque se iniciou nos USA e contaminou a economia real (setor produtivo), resultando também em efeitos políticos.
Essa é a primeira crise do capital globalizado. A primeira crise da história deu-se em 1929 (ainda nas colônias) e a segunda em 1963. Esta última foi uma crise no mundo socialista.
Quanto a natureza da crise ser estrutural, coloca-se em xeque as estruturas de funcionamento da economia der mercado: crédito, padrão de financiamento (bancos e empresas financeiras operadoras de papéis), fundados em bancos públicos; padrão de produção de consumo (insustentável ambientalmente); profunda desgovernança do mundo (não há mais intervenção de instituições como a ONU, por exemplo). O G20 é o único grupo que ainda se interessa pelos debates no setor econômico; quadro de degradação e perda de hegemonia, causando uma complexidade de efeitos; criaram um consumo sem renda, o que vai exigir uma solução complexa na direção política.
Quais são os mecanismos de transmissão da crise para o Brasil?
¨Crédito Internacional: crédito operado no Brasil depende de recursos internacionais. A crise do crédito afetou, por exemplo, a comercialização dos veículos, que eram financiados pelos bancos das montadoras profissionais.
¨Componente do comércio externo: redução do comércio internacional que deve ser sete por cento menor que o ano passado
¨Decisões das grandes corporações que operam no Brasil: são feitas subordinadas às empresas-matriz situadas nos países em recessão, como USA e Japão.
¨Reações: dos governos Federal, Estaduais etc e da sociedade civil.
O Brasil terminou identificando o retrocesso dos neoliberais que era conseqüência do nosso atraso passou a ser nossa salvação as Instituições Públicas como Banco do Brasil, BNDES tornaram-se instituições fortes que estão suportando nossa crise.
Há um possível quadro recessivo em 2009. Dificilmente esse quadro será revertido caso não haja luta social e a construção de uma “nova maioria”.
Quais rumos tomar? ¨Padrão civilizatório: elevar o bem estar da sociedade rompendo com a apatia. Reconhecer que os quadros econômicos são imateriais (menos dependente da agricultura e indústria que produzem algo quantificável).Esse padrão civilizatório exige uma nova atitude, o estudo para a vida toda e não mais a educação para o trabalho, a perspectiva da rebeldia transformadora.

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