quarta-feira, 23 de setembro de 2009


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Vieira de Mello homenageado no Dia Mundial Humanitário
Data foi criada para atrair atenção pública às atividades de assistência humanitária em todo o mundo e homenagear funcionários das Nações Unidas, que tiveram suas vidas ceifadas ou sofreram acidentes enquanto prestavam serviço de ajuda humanitária. 20/08/2009

Sérgio Vieira de Mello

Carlos Araújo e Michelle Alves de Lima, da Rádio ONU em Nova York*.
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, homenageou o heroísmo dos trabalhadores humanitários que partilham a convicção de que o sofrimento de uma pessoa é responsabilidade de todos.
Ban falou no primeiro Dia Mundial Humanitário, celebrado nesta quarta-feira, dia 19, para chamar a atenção pública para as atividades de assistência humanitária em todo o mundo.
Legado
O Dia Mundial Humanitário foi estabelecido pela Assembleia Geral da ONU em Dezembro de 2008. A data escolhida, 19 de Agosto, relembra o dia em que o escritório das Nações Unidas em Bagdá, no Iraque, foi atacado.
O incidente ocorreu em 2003 e matou 22 pessoas, entre elas o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, que era o chefe da missão da ONU no país.
Ban Ki-moon disse que a ONU continuará a inspirar-se no legado dos que perderam a vida há seis anos.
O Secretário-Geral disse que seis anos após o atentado que matou Sérgio Vieira de Melo e 21 outros colegas, a violência continua no Iraque. Ele manifestou a sua profunda tristeza por uma série de ataques que nesta quarta-feira mataram um grande número de inocentes em Bagdá.
Diplomata
Em entrevista à Rádio ONU, o jornalista João Lins de Albuquerque, que chefiou a Divisão de Língua Portuguesa da Rádio das Nações Unidas até 2005, falou sobre Sérgio Vieira de Mello, que ele conheceu em uma missão no Camboja nos anos 90.
"O Sérgio era um homem preparado para a ONU, era cria da ONU. Às vezes as pessoas dizem 'o diplomata', mas ele não era diplomata, ele era um civil servant das Nações Unidas, que atingiu o mais alto cargo que um brasileiro atingiu na hierarquia das Nações Unidas", disse Albuquerque.
Segundo o Alto Comissariado para Refugiados, Acnur, no último ano, 260 trabalhadores humanitários foram mortos, sequestrados ou seriamente feridos em ataques. Só neste ano, três funcionários da agência foram mortos no Paquistão.
Rádio ONU

Fonte: Periódico Cenário Internacional