segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O analfabeto político


Muitos amigos, pertencentes aos mais diversos setores da sociedade, já visitaram o meu blog e o comentário mais corrente que recebo é: "Carla, eu não entendi nada do que você escreveu" ou "Não gosto de política porque não entendo nada."
Começo a discussão citando um dos meus pensadores favoritos, Bertold Brecht:

" O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais."

Senhores, não sejamos omissos. É por causa da nossa omissão, do nosso descaso que alguns "representantes do povo"guardam suas parcas economias nas cuecas. É por causa do nosso silêncio que "Suas Excelências" constroem castelos nas montanhas e é por causa dessa aversão aos assuntos políticos que os atos políticos secretos vem sendo votados há décadas, pois veja, esses atos não são uma invenção atual.
Pensem (mas não fiquem deprimidos): quantos segredos haverão por baixo do tapete do Senador?
Está bem, você não quer saber nada disso. Ótimo, então envolva seu braço no ombro amigo e artístico do Senador Suplicy e entoem o clássico "We are the world" em voz baixa e rouca.
Particularmente eu gostaria de cantar outra música com o Senador Supla Bob Pai:
"Na favela, no Senado, sujeira pra todo lado,
ninguém respeita a Consituição..."

Caros Senhores, faço minhas as palavras de Hannah Arendt:
"A política trata da convivência entre diferentes. Os homens se organizam politicamente para certas coisas em comum, essenciais num CAOS ABSOLUTO..."
Portanto, deixemos de lado os preconceitos que nada mais são do que um imobilismo político.
Tendo sido as Leis criadas por uma minoria (a classe economicamente dominante da época) para que valessem para todos, façamos valer a moral e a ética desse país, a partir das ideias e valores da atual classe economicamente dominante que já não são os miseráveis dez por cento mais ricos e sim, a nova cara do Brasil, a classe C, que impede que a economia saia da engrenagem e caia no buraco da recessão econômica americana.
Aos que recebem o cala boca do governo, ora designado "Bolsa-Família", meus sinceros pêsames...
Ô desculpe, Senhor Presidente... é que eu sou ignorante!

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